terça-feira, 11 de agosto de 2009

ESQUIZOFRENIA

ESQUIZOFRENIA


CAPRIOLI, Victor Renato Miranda (EEE)
COSTA, Rafael Praciel (EEE)
SILVA, Douglas Henrique (EEE)


Resumo
A esquizofrenia é uma doença mental que se caracteriza por uma fragmentação da estrutura básica do processo do pensamento. Ela tem como sintomas alucinações, alterações no pensamento, delírios e perda de contato com a realidade. Sobre a causa, a única coisa que se sabe é que ela é complexa e multifatorial, e existem várias teorias sobre o seu surgimento, mas, nenhuma concreta. Apesar de a doença deixar seqüelas, os tratamentos auxiliam na readaptação da pessoa à sociedade.

Palavras-chave: loucura, delírios e alucinações.

Abstract
Schizophrenia is a mental illness characterized by the fragmentation of the basic structure of the process of thinking. It has symptoms such as hallucinations, alteration of the thoughts, delirium and loose of touch with reality. About its causes, the only known thing is that it’s complex and can be developed through many different ways. There are many theories about its origins, although none of them are concrete. In spite of the disease to leave sequels, the treatments aid in the readaptation of the person to the society.

Key Words: madness, delusions and hallucinations.

Considerações Iniciais

A esquizofrenia é uma doença que se caracteriza por uma junção de sintomas, entre os quais avultam alterações do pensamento, alucinações (sobretudo auditivas), delírios e embotamento emocional com perda de contato com a realidade, podendo causar um disfuncionamento social crônico.
Cerca de 1% da população mundial é atingida pela doença. Ela se manifesta dos 15 aos 25 anos, tanto em homens como em mulheres, podendo ocorrer também na infância ou na meia-idade.

Sintomas

A esquizofrenia é uma doença que afeta os processos cognitivos, os seus efeitos repercutem-se também no comportamento e nas emoções. Os sintomas são diferentes de indivíduo para indivíduo, podendo manifesta-se de forma insidiosa ou até mesmo explosiva e instantânea.
A doença não tem seus próprios sintomas, mas podem ser tomados como parâmetro para observação.
Esses sintomas podem ser: dificuldade para dormir, troca do dia pela noite, isolamento social, períodos de hiperatividade e inatividade, dificuldade de concentração e tomada de decisões, preocupações não habituais, falta de expressões faciais, afirmações irracionais, mudanças na personalidade, abandono das atividades usuais, incapacidade de expressar prazer, risos imotivados, abuso de álcool ou drogas, posturas estranhas, recusa em tocar outras pessoas, e outros mais.
De forma mais generalizada, os sintomas são divididos em duas grandes categorias: sintomas positivos e sintomas negativos.
1- Sintomas positivos:
São classificados como “positivos”, pois são resultados do acréscimo ou excesso de funções psicológicas do indivíduo. São mais visíveis na fase aguda da doença e há perturbações mentais muito fora do normal.
São sintomas positivos os delírios, pensamentos irreais, percepções irreais, discurso desorganizado, elaboração de frases sem sentido, alteração do comportamento, ansiedade, impulsos, agressividade.
2- Sintomas negativos
São chamados de “negativos” porque são resultados da perda ou diminuição das capacidades mentais. Refletem um estado deficitário como o isolamento social, apatia, indiferença emocional, pobreza do pensamento.
Não são todos esses sinais que se manifestam no indivíduo esquizofrênico. Há pessoas mais afetadas do que outras.

Causas

Sabe-se que não existe uma só causa, mas sim várias que concorrem entre si para o seu comportamento, sendo muitas as teorias para explicar esta doença:
1- Teoria Genética
Diz que vários genes podem estar envolvidos, contribuindo juntamente com os fatores ambientais para o eclodir da doença. Se houver um caso na família, a probabilidade de o indivíduo obter a doença é muito maior.
Quando o indivíduo tem o pai ou a mãe com a doença, as chances de obter a doença é de 12%. Se ambos os pais têm a doença as chances de o indivíduo ter a doença aumenta para 40%.
Segundo Gottesman 81% dos doentes com esquizofrenia não têm qualquer familiar em primeiro grau. E 91% não têm sequer um familiar com a doença.
2- Teoria neurobiológica
Essa teoria defende que a esquizofrenia é essencialmente causada por alterações bioquímicas e estruturais do cérebro, especialmente uma disfunção dopaminérgica.
Esta teoria é parcialmente comprovada pelo fato de a maioria dos fármacos utilizados nos tratamentos da esquizofrenia (neuropiléticos) atuarem através do bloqueio dos receptores (D2) da dopamina.
3- Teoria psicanalítica
Pode ser chamada também de relação precoce. Toma como base a ausência de relação inicial entre a mãe e o bebê, que conduz igualmente à personalidades “frias” ou desinteressadas no estabelecimentos das relações. A ausência de relações interpessoais estaria assim na origem da esquizofrenia.

Tipos de esquizofrenia
O diagnóstico da doença é por vezes muito difícil, visto que as doenças do foro psiquiátrico não podem ser analisadas apenas por parâmetros fisiológicos e bioquímicos e sim por um acompanhamento freqüente do paciente. É importante que o médico exclua outras doenças ou condições que possam produzir sintomas psicóticos semelhantes.
Existem alguns subtipos da doença, que são muito importantes para o conhecimento do médico, para que saiba o tratamento mais adequado aplicar.
• Paranóide: os doentes com esquizofrenia paranóide são desconfiados, reservados, podendo ter comportamentos agressivos.
• Desorganizado: em alguns doentes pode ocorrer uma irritabilidade marcada associada a comportamentos agressivos.
• Catatônico: predomínio de sintomas motores e por alterações da atividade.
• Indiferenciado: diminuição no desempenho laboral e intelectual. Falta de interesse pelo que acontece ao seu redor.
• Residual: isolamento social marcado pela pobreza de pensamento e interesse.
Esses subtipos não são determinantes. Um doente pode apresentar características de um subtipo no começo e depois vir a ter sintomas de outro. São apenas subdivisões que facilitam quais medidas tomar para o tratamento.

Considerações Finais

Os procedimentos indicados para estes doentes são: acompanhamento médico-medicamentoso, a psicoterapia, a terapia ocupacional, a intervenção familiar, a musicoterapia e a psicoeducação.
Não existe cura para a doença, mas o tratamento pode ajudar muito para que os doentes possam ter suas vidas de forma satisfatória e produtiva, menizando os sintomas. Quanto mais cedo se começa o tratamento, melhor é para o paciente.

Referências

http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal (acesso em 18/05/09)
http://www.psicosite.com.br/tra/psi/esquizofrenia.htm (acesso em 18/05/09)
http://www.cameraescura.com.br/mente_brilhante.htm (acesso em 18/05/09)

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